O Guarani é o lanterna da Série B com 24 pontos, seis a menos do que o Paysandu, primeiro time fora da zona de rebaixamento.
Apesar do rendimento bem abaixo do esperado, mantém vivas as esperanças de uma recuperação desde a chegada do técnico Alan Aal, que faz sua segunda passagem pelo Bugre.
O treinador assumiu o posto na 19ª rodada da Série B, e de lá para cá, conquistou quatro vitórias, um empate e perdeu outras quatro vezes.
O foco agora é escapar do Z4. Mesmo a seis pontos do Paysandu, o Bugre conseguiu diminuir a distância para o 17º colocado, após fazer um pífio primeiro turno.
Antes da chegada de Alan, o time campineiro havia vencido apenas dois jogos nas primeiras 18 rodadas da competição.
Em entrevista para à Trivela, o treinador do Guarani afirmou que acredita na recuperação do time, e na retomada do protagonismo do clube no cenário nacional.
Fortalecimento mental na reta final da Série B
Restando dez jogos para o fim da Série B, o Guarani precisa de duas vitórias consecutivas e torcer para seus concorrentes tropeçarem, para, enfim, sair do Z4.
Como o primeiro critério de desempate é o número de vitórias, se o Bugre vencer dois jogos na sequência, e o Paysandu perder outras duas, o time campineiro ultrapassa o Papão na tabela.
Para isso, Alan Aal acredita que é fundamental assimilar o trabalho feito nos treinamentos.
Na visão do treinador, o fortalecimento mental do time — essencial neste momento tenso da competição, é resultado do entendimento daquilo que passa aos atletas.
— O mental da equipe trabalhamos diariamente, nas atividades, e nos treinos. Não é só uma questão de discurso ou de conversa individual, ou coletiva, mas sim na intensidade do trabalho, nas informações que a gente precisa passar para podermos evoluir. Isso é uma virtude do nosso grupo, que está sempre disposto a assimilar as informações, isso aconteceu de uma maneira muito rápida e muito boa, e ainda temos margem para evoluir, para crescer, tanto mentalmente quanto taticamente — afirmou Alan Aal.
Efetividade fora de casa é o caminho para o Guarani sair do Z4
Sob o comando de Alan Aal, o Guarani teve o seu melhor momento na Série B. Mas os números poderiam ser melhores, é claro.
No Brinco de Ouro, o Guarani tem mostrado sua força — venceu três dos últimos quatro confrontos. Mas longe de Campinas, a história tem sido diferente.
Contra o Paysandu, por exemplo, adversário direto na luta contra o rebaixamento, o Bugre saiu na frente, mas cedeu a virada.
Na última rodada, o time criou chances diante do Operário, mas acabou novamente derrotado, desta vez por 1 a 0, em jogo disputado no Paraná.
Melhorar a efetividade, principalmente jogando longe dos seus domínios, é o caminho para o Bugre sair desta incômoda situação na tabela da Série B.
— Fizemos bons jogos fora de casa, mas não conseguimos bons resultados. Tivemos contra o Paysandu a possibilidade de, no mínimo, pontuarmos, já contra o América-MG, entramos com um nível abaixo de concentração. Fizemos um grande jogo contra a Chapecoense, fomos muito efetivos. Será essa efetividade que nos fará melhorar a pontuação nessa reta final de Série B — pondera o treinador.
Alan Aal enxerga evolução do Guarani desde sua última passagem
Com salários em dia, recuperação judicial em andamento, e a possibilidade de virar SAF no futuro, a esperança era de que o Bugre começasse a temporada melhor do que começou. No início da temporada, o torcedor sonhava em ver o único campeão brasileiro do interior na primeira divisão novamente.
A equipe campineira chegou a figurar no G4 da Série B do ano passado, e sonhou com o acesso para a primeira divisão, que não vem desde 2009.
No entanto, uma queda abrupta de rendimento nas dez últimas rodadas em 2023 transformou a esperança em pesadelo.
Além de ter fechado 2023 em uma melancólica 10ª colocação, as escolhas ruins do departamento de futebol causaram uma reação em cadeia.
No entanto, Alan Aal, que esteve a frente do time em 2021, afirmou que desde sua última passagem pelo clube, o Guarani evoluiu muito em termos de administração.
Com mais condições de trabalho e capacitação dos seus profissionais, o treinador acredita que o time sairá desta situação.
— Eu vejo uma evolução muito grande em todos os setores, em todos os aspectos da minha primeira passagem aqui em 2021 para agora. Em termos estruturais, de condições de trabalho e financeiras, houve uma evolução muito positiva. Isso reflete dentro de campo. Apesar dos resultados em campo não terem acontecido da maneira que todos esperavam, a sustentação extra-campo e recuperação de credibilidade é fundamental para o Guarani voltar a brigar no mais alto escalão do futebol no país.
O Bugre volta a campo nesta segunda-feira (30), diante do Avaí, no Estádio Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas. A partida acontece às 21h30 (horário de Brasília).
